segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

A Solidariedade na Dor

Hoje chegou ao meu consultório no Posto de Saúde Pública onde atendo, uma senhora de 63 anos de idade, semblante triste, vestida de preto e lágrimas nos olhos. Havia 15 dias do assassinato de seu filho mais velho numa das praças do Vergel; mais uma vítima da violência que nos últimos anos tem dominado a cidade de Maceió. Dona V. me conta que o filho tomou um cafezinho e saiu para conversar com amigos na pracinha ao lado de sua casa, passados 5 minutos ela ouve o barulho dos disparos... O resto da história é só dor, como ela mesma diz: "só Deus nessa hora pra segurar a gente"; e, lembra carinhosamente do apoio recebido por outras tantas mães do Vergel que perderam seus filhos nessa guerra urbana, e afirma: "eu não quero que aconteça mais nenhum mal, mas se acontecer, espero poder também ajudar alguma mãe nessa hora tão difícil". Que Deus lhe conforte e lhe ajude Dona V.

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