sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

As Aventuras de Pi

Maravilhoso. É a melhor palavra para descrever o filme do diretor Ang Lee, baseado num conto de Yann Martel, em que é narrado, pelo próprio protagonista, Pi Patel, sua aventura pós naufrágio em um barco salva-vidas acompanhado por um tigre de Bengala.
Desde cedo Pi, que se chamava piscina (em homenagem ao seu tio nadador), tem seu destino desde o nascimento ligado à água, que será seu Do, seu caminho, para a viagem interna que todos fazemos para enfrentar nossos fantasmas, ou não.
Após ser o único sobrevivente de um naufrágio em que pereceram seus pais e seu irmão velho, Pi se vê perdido na imensidão do Pacífico (aquele que trás-manifesta-simboliza a Paz) para se encontrar consigo mesmo, num bote salva-vidas tendo um Tigre por companhia. O adolescente terá que nomear suas dúvidas de criança: quem é Deus? YAWHE, Vishnu, Krishna, Alá ou Jesus? Todos seriam uma só divindade? O que Ele quer de nós?
E no barco ele aprende tudo de que precisa para sobreviver, e também a experimentar sua fé. De um manual de sobrevivência no mar até o nosso velho método de testar hipóteses, o ensaio-e-erro, ele aprende a conter a força bruta, instintiva do Tigre, que divide com ele o barco, e de seu tigre interior, suas pulsões.
E ao chegar à mística ilha (que tem formato de Homem) que dá de dia e toma de noite, Pi tem, talvez, a revelação daquilo que não queremos acreditar quando somos jovens: que aquilo que é dado... será cobrado depois.
Tem ainda a história de um escritor em busca de uma boa  história, e mais ainda, em busca de uma história que dê sentido a sua vida de jovem aspirante a escritor. E ele terá que optar pela história que contará: Ciência ou fé? Pi já fez sua escolha, enquanto narrador. Fez de seu Tigre, Richard Parker, sua epifania, seu encontro, com possibilidades imensas de reunir no céu estrelado do mar imenso das dúvidas, YAWHE, Jesus, Alá, Vishnu e Krishna. Sincretismo necessário para não ver Deus limitado.
Uma das passagens mais marcantes diz respeito a dúvida de colocar ou não o Tigre de volta no barco. Momento difícil, ele hesita entre a alegria de se livrar do perigo mortal e, ficar só, sem algo que o mova, o motive; e opta pela segunda saída, conviver com aquilo que o assusta, que parece indomável, mas que se mostrará possível. Algo como cantar a música de Milton Nascimento:" medo, eu não te escuto mais. Você, não me leva a nada".
Além de tudo, o filme é um show de fotografia e efeitos especiais, coisa de Ang Lee, que já nos ofereceu filmes como "Razão e Sensibilidade" e "O Segredo de Brokeback Mountain".
Por tudo isso, assistir as Aventuras de Pi, é viajar também, num barco salva-vidas e sentir como nossa trajetória no mar-da-vida nos conduz, ou como podemos ser conduzidos ou condutor, e chegar até uma praia em que seremos finalmente resgatados.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Cláudia Raia

A modelo e atriz Claudia Raia, que começou a carreira nos programas de Jô Soares, transformou-se na grande musa erótica dos anos 1980. Foi capa da Playboy em mais de uma edição, e consagrou-se como musa do erotismo brasileiro, por sua beleza inigualável.