sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

" Fique Com Alguém Que Te Ama"



Desconheço a autoria do texto, mas é um dos melhores textos para explicar e descomplicar as coisas simples dos relacionamentos amorosos. Se uma pessoa que diz amar outra pessoa e não tem "coragem" de assumir publicamente esse relacionamento, isso não é amor, é pura enrolação, simples assim. Isso deveria ser ensinado em casa, nas escolas, desde cedo, evitaria muito autoengano.

SENTIMENTALISMO E TEORIA EDUCACIONAL ROMÂNTICA

Uma das pragas do século XXI é o sentimentalismo exagerado que vemos em nossa sociedade nos dias hoje, mas que antigamente (vinte ou trinta anos passados). Essas manifestações tresloucadas de sentimento exacerbado podem ser vistas:
1. nos santuários florais criados em locais de tragédias, acidentes ou residência de uma celebridade recém falecida.

2. nas demonstrações públicas de "amor" aos filhos através de tatuagens horrendas no antebraço, com o nome do rebento em letras garrafais. O escritor inglês Theodore Dalrymple assegura que os pais que fazem tais tatuagens são geralmente os mais negligentes no cuidado com a prole, segunda pesquisa própria realizada no Reino Unido.
3. no excesso de emoção falsa, doentia e supervalorizada na defesa de ideais politicamente corretos.
O que caracteriza o sentimentalismo barato são suas emoções fáceis, superficiais e autoenganosas, em que a satisfação consiste em possuir a emoção por si própria, é um sentimentalismo autoindulgente que se basta.

E a teoria educacional romântica (no sentido filosófico, claro) contribui decisivamente para o aumento do sentimentalismo barato ao pregar coisas tais como:
1. a crença na inocência e bondade intrínseca das crianças;
2. afirmar que a rotina e a repetição são nocivas na aprendizagem da leitura, que o melhor é deixar a criança descobrir por si mesma (construtivismo);
3. acreditar que a reprovação na escola traumatiza a criança, e desse modo vemos hoje crianças no quinto ano que não sabem ler e nem escrever.
4. tolerar e querer normatizar os erros ortográficos por ser muito comum nos dias atuais.

Os principais teóricos desse romantismo pedagógico foram Pestalozzi, que assim como Rousseau cria que a cirança se desenvolve sozinha; John Dewey que pregava que não se deve forçar a criança a fazer nada; Henry Caldwell Cook, para quem o mais importante de tudo é "fazer com o coração" e Alexander Neill, que acreditava que a liberdade total era a melhor ferramenta educacional.
O resultado desse pensamento estamos a observar hoje: uma juventude que não conhece limites e cada dia mais burra que a geração anterior; vejo isso todos os anos na Universidade em que leciono, e só piora a cada ano.