terça-feira, 17 de dezembro de 2019

UM PRESIDENTE IDIOTA E FALASTRÃO


Eu quero acreditar que o povo brasileiro só elegeu o deputado Jair Bolsonaro para a presidência da República porque não o ouvia ou não levava a sério as imbecilidades e atrocidades que o mesmo proferia nas mídias durante os últimos anos. Além da “revolta” contra a corrupção, cuja representação simbólica coube ao PT, como se o PT fosse o único partido político corrupto do país, e, ao desejo de uma minoria insana e saudosista de regimes autoritários, o povo viu na figura do falastrão – que para sua própria sorte ficou calado durante a campanha presidencial graças à “facada santa” – uma espécie de salvador da pátria; que soube usar muito bem um discurso em que se mistura religião e patriotismo para cair no gosto da população carente de instrução e capacidade reflexiva.

Vi outro dia uma postagem no instagram cuja autoria fora atribuída a Leandro Karnal, mas na realidade o autor é Fábio Lima e diz o seguinte: “Eu entendo o antipetismo, mas jamais vou entender o bolsonarismo. Pra mim, é tipo a pessoa gritar pro mundo que odeia coentro e aí temperar a comida com bosta”. Achei perfeito, até porque as pessoas com capacidade intelectual limitada pensam que ser contra as ideias, as posturas e as palavras chulas do Bozo o transforma imediatamente em esquerdista, petista ou lulista; e não é bem assim (nunca tente convencer um imbecil bolsominion disto, você não irá conseguir), muitos críticos sérios dos governos petistas como Reinaldo Azevedo, Marco Antonio Villa e outros são também críticos duros desse desgoverno esquizoparanoide.

Hoje, já passado quase doze meses de governo, muitos ex-aliados, alguns notórios idiotas como um ex-ator pornô e uma jornalista de conduta duvidosa, acordaram (ou foram acordados) de seu sono e saltaram do barco em movimento. O presidente não se cansa de mostrar todos os dias que não está preparado para o cargo, que não sabe ser presidente, não se comporta como presidente e não fala como um presidente (ele mesmo admitiu isso); continua o mesmo falastrão boca-suja, burro, agressivo e assessorado pelo que existe de pior na política brasileira: um pseudo-filósofo esquizofrênico, ex-astrólogo, ex-muçulmano e oportunista, três filhos pilantras, corruptos e aliados aos criminosos milicianos e uma leva de ministros loucos, desonestos e incompetentes. 

Então vamos fazer uma retrospectiva das piores falas desse fenômeno da imbecilidade mundial antes e depois de ser presidente.

“É só você deixar de comer menos um pouquinho. Você fala para mim em poluição ambiental. É só você fazer cocô dia sim, dia não, que melhora bastante a nossa vida também”. 

“eu não posso me arrepender de ter feito xixi na cama [quando era criança, aos 5 anos de idade]. Saiu, pô”.

Desculpem as caneladas. Não nasci para ser presidente. Nasci para ser militar”.

“Se o presidente da OAB quiser saber como o pai desapareceu na ditadura militar, eu conto pra ele”.

“Dentre os governadores de 'paraíba' o pior é o do Maranhão”.

“Passa-se mal, não come bem. Agora passar fome, não. Você não vê gente pobre pelas ruas com o físico esquelético, como a gente vê em alguns países pelo mundo”.

Se não puder ter filtro, nós extinguiremos a Ancine. Extinguiremos ou privatizaremos. Não pode é dinheiro público ficar sendo usado para filme pornográfico”.

"O trabalho dignifica o homem e a mulher, não interessa a idade”.

“Ela estava indo para a guerrilha do Araguaia quando foi presa. E depois conta um drama todo mentiroso, que teria sido torturada sofreu abuso. Mentira. Mentira". Sobre Miriam Leitão.

“Pergunta pras vítimas dos que morreram lá o que elas acham. Depois que elas responderem, eu respondo a vocês". Sobre o massacre de presos na cadeia em  Altamira, Pará, em que 58 presos foram mortos.

"Não tinha ninguém pra dar um tiro?". Sobre o morador de rua que esfaqueou três pessoas no Rio de Janeiro.

“Tudo pequenininho por aí?”: Bolsonaro com um fã asiático numa referência ao órgão sexual do rapaz.

A minha família ia comigo. Eu vou negar o helicóptero a ir para lá e mandar ir de carro? Não gastei nada além do que já ia gastar." 

"Pretendo beneficiar meu filho sim. [...] Se eu puder dar o filé mignon pro meu filho eu dou".

"Questão ambiental só importa aos veganos, que comem só vegetais".

“Estamos com um governo que respeita a família. E para quem tem qualquer dúvida: parágrafo 3º do artigo 226 da Constituição. Vamos ler lá o que é família. Quando alguém mudar a Constituição, eu falo das outras famílias”.

“Brasil não pode ser o país do mundo gay. Temos famílias".

Quem quiser vir aqui fazer sexo com uma mulher, fique à vontade”.


 “O erro foi torturar e não matar”, sobre os presos políticos durante a ditadura militar.
Se ela tivesse matado mais gente, teria sido melhor”, sobre a ditadura militar.
Quilombola não serve nem pra procriar”, sobre os descendentes dos africanos escravizados.
“Eu não corro o risco, meus filhos foram bem educados”. Ao ser perguntado sobre qual seria sua reação se um filho se relacionasse com uma negra.
A PM deveria ter matado mais de mil presos, e não só 111”. Sobre o massacre no Presídio Carandiru em São Paulo.
“Só vai mudar com guerra civil, matando uns 30 mil”, sobre o país.
“Eu seria incapaz de amar um filho homossexual. Prefiro que um filho morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí”. Sobre homossexuais.
Não te estupro porque você é muito feia e não merece”, para a deputada Maria do Rosário.
Eu sonego imposto. Sonego o que for possível”. Sobre honestidade.
A Amazônia não é do Brasil. Devemos entregá-la aos Estados Unidos porque não sabemos explorá-la”. .
As frases acima – de cunho fascista, racista, misógino, homofóbico e entreguista, e que, ademais, fazem apologia de crimes – são do então deputado Jair Bolsonaro. A autenticidade das citações pode ser conferida na internet no site: http://www.patrialatina.com.br/um-idiota-perigoso-pensamentos-do-sr-bolsonaro/ 
 “Não vou combater nem discriminar, mas, se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater.” Afirmação de Jair Bolsonaro após caçoar de FHC sobre este segurar uma bandeira com as cores do arco-íris.
 “Você é uma idiota. Você é uma analfabeta. Está censurada”. Declaração irritada de Jair Bolsonaro ao ser entrevistado pela repórter Manuela Borges, da Rede TV.
Parlamentar não deve andar de ônibus”. Declaração publicada pelo jornal O Dia em 2013.
“Mulher deve ganhar salário menor porque engravida”. Bolsonaro justificou a frase: “quando ela voltar [da licença-maternidade], vai ter mais um mês de férias, ou seja, trabalhou cinco meses em um ano”.
Tem é que acabar com essa reserva Ianomâmi”. (Arquivo da FSP 19/08/93 - 20/08/93).

segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

TOP 10: PÉROLAS DO BOLSONARISMO #meteoro.doc



EXCELENTE VÍDEO DO CANAL METEORO SOBRE ALGUMAS PÉROLAS DA IMBECILIDADE ULULANTE PRONUNCIADAS PELO PRESIDENTE BOCA-SUJA E ALGUNS DE SEUS PERTURBADOS MINISTROS E COLABORADORES.

BREVEMENTE POSTAREI UM TEXTO COM MAIS BIZARRICES DESSE PRESIDENTE QUE JÁ ENTROU PARA A HISTÓRIA COMO O MAIS BURRO A OCUPAR ESSE CARGO.

domingo, 24 de novembro de 2019

Mundo muito Louco - 1

Estava pensando nos "terraplanistas" e nos negadores do Holocausto de judeus, comunistas, ciganos, homossexuais e pessoas consideradas "doentes" durante a II Guerra Mundial.
Como é possível que uma pessoa que vive em um mundo cercado por alta tecnologia nos mais diversos segmentos, com destaque para a esfera espacial, desconfiar das imagens reveladas por satélites e negar a redondeza da Terra?
Todos - os que ainda possuem o tal do bom-senso - achamos um verdadeiro absurdo tal tipo de crença, porém, ela é muito comum e bem conhecida por todos nós já que é da mesma natureza do fenômeno religioso. E o fenômeno religioso pode ser definido resumidamente como: Se eu acredito em algo esse algo existe e minha crença é verdadeira. É tudo uma questão de fé.
 
Os terraplanistas são só burros e fanáticos religiosos, não os considero um perigo; entretanto, os negadores do holocausta são diferentes, são neonazistas e neofascistas com muito ódio racial, todo esse ódio os leva a negar o holocausto não por burrice, eles são movidos pela maldade mesmo.
Os neonazistas atuais não estão a negar o fato como um todo, da existência de campos de concentração e execução em massa e isso é até mais perigoso, pois os coloca como defensores daquelas práticas cruéis ao tentar minimizar o extermínio em massa de milhões de pessoas nos campos nazistas durante a segunda grande guerra. Valem-se de toda uma série de eufemismos e justificativas falhas e sem consistência para tentar nos enganar porquê seguramente eles sabem o que realmente ocorreu e por isso são mais perigosos.
IMAGENS FALAM MAIS ALTO QUE AS PALAVRAS. SE VOCÊ TEM DÚVIDA PROCURE NO GOOGLE, NOS LIVROS ETC. ESSA ATROCIDADE NAZIFASCISTA PRECISA SER DENUNCIADA E COMBATIDA SEM TRÉGUAS... QUE PERIGO PODE OFERECER UMA CRIANÇA? POR QUE FORAM ELIMINADAS? ÓDIO RACIAL É A PRIMEIRA RESPOSTA.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

ROBERT FROST 2

The Road Not Taken

Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair,
And having perhaps the better claim
Because it was grassy and wanted wear,
Though as for that the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black.
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
Two roads diverged in a wood, and I,
I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.



A trilha que não tomei
  
Duas trilhas divergiam sob árvores amarelas
E eu, triste por não poder percorrer ambas
E permanecer um, detive-me em longa espera
E olhei tão abaixo quanto pude uma delas
Até onde se dobrava entre as plantas;

Então tomei a outra, tão bela quanto correta,
E talvez por ser a mais atraente
Por seu gramado almejar o passeio como meta,
Embora passassem por ali de forma reta
E usassem ambas de maneira semelhante,

E ambas igualmente deitassem naquela manhã 
Em folhas que nenhum passo tornara pretas.
Ah, eu guardei a primeira para o amanhã!
Ainda que soubesse como à seguinte leva uma direção
Duvidei se um dia deveria voltar atrás.

Eu contarei isso enquanto expiro
Em algum lugar, em tempos e tempos:
Pois duas trilhas em um bosque divergiram, e eu,
Eu tomei aquela que menos percorreram,
E isso fez toda a diferença.

BYUNG CHUL HAN


Por que hoje a revolução não é possível?
Para decifrar a alta estabilidade do sistema de dominação liberal é preciso entender como os atuais mecanismos de poder funcionam. O comunismo como mercadoria é o fim da revolução


Quando debati com Antonio Negri, um ano atrás, no Berliner Schaubühne, ocorreu um embate entre duas críticas do capitalismo. Negri estava entusiasmado com a ideia da resistência global ao império, ao sistema de dominação neoliberal. Ele se apresentou como revolucionário comunista e se autodenominava professor cético. Clamava com ênfase à multidão, à massa interconectada de protesto e revolução, a quem confiava a tarefa de derrotar o império. A posição do comunista revolucionário me pareceu muito ingênua e fora da realidade. Por isso tentei explicar para Negri por que as revoluções já não são mais possíveis.
Por que o regime de dominação neoliberal é tão estável? Por que há tão pouca resistência? Por que toda resistência se desvanece tão rápido? Por que a revolução já não é mais possível apesar do crescente abismo entre ricos e pobres? Para explicar isso é necessária uma compreensão adequada de como funcionam hoje o poder e a dominação.

Quem pretende estabelecer um sistema de dominação deve eliminar resistências. Isso é certo também para o sistema de dominação neoliberal. A instauração de um novo sistema requer um poder que se impõe frequentemente através da violência. Mas esse poder não é idêntico ao que estabiliza o sistema por dentro. É sabido que Margaret Thatcher tratava os sindicatos como o “inimigo interior” e os combatia de maneira agressiva. A intervenção violenta para impor a agenda neoliberal não tem nada a ver com o poder estabilizador do sistema.
O poder estabilizador da sociedade disciplinadora e industrial era repressivo. Os proprietários das fábricas exploravam de forma brutal os trabalhadores industriais, o que ocasionava protestos e resistências. Nesse sistema repressivo são visíveis tanto a opressão como os opressores. Existe um oponente concreto, um inimigo visível diante do qual a resistência faz sentido.

O caráter estabilizador do sistema já não é repressor, mas sedutor; ou seja, cativante
O sistema de dominação neoliberal está estruturado de uma forma totalmente diferente. O poder estabilizador do sistema já não é repressor, mas sedutor, ou seja, cativante. Já não é tão visível como o regime disciplinador. Não existe um oponente, um inimigo, que oprime a liberdade diante do qual a resistência era possível. O neoliberalismo transforma o trabalhador oprimido em empresário, em empregador de si mesmo. Hoje cada um é um trabalhador que explora a si mesmo em sua própria empresa. Cada um é amo e escravo em uma pessoa. Também a luta de classes se torna uma luta interna consigo mesmo: o que fracassa culpa a si mesmo e se envergonha. A pessoa questiona-se a si mesma, não a sociedade.
É ineficiente o poder disciplinador que com grande esforço oprime os homens de forma violenta com seus preceitos e proibições. É essencialmente mais eficiente a técnica de poder que se preocupa com que os homens por si mesmos submetam-se à trama da dominação. Sua particular eficiência reside no fato de não funcionar através da proibição e da subtração, mas através do deleite e da realização. Em lugar de gerar homens obedientes, pretende fazê-los obedientes. Essa lógica da eficiência é válida também para a vigilância. Nos anos oitenta, se protestou de forma muito enérgica contra o censo demográfico. Os estudantes até mesmo foram para as ruas. Da perspectiva atual, os dados necessários como função, diploma escolar ou distância do local de trabalho são ridículas. Era uma época na qual se acreditava ter pela frente o Estado como instância de dominação que arregimentava informação das pessoas contra sua vontade. É precisamente esse sentimento de liberdade que torna impossível qualquer protesto. A livre iluminação e o livre desnudamento próprios seguem a mesma lógica da eficiência que a livre auto exploração. Protestar contra o que? Contra você mesmo?
É importante distinguir entre o poder que impõe e o que estabiliza. O poder estabilizador adquire hoje uma forma amável, ‘smart’, e assim se faz invisível e inatacável. O sujeito submetido nem sequer é consciente de sua submissão. Acredita ser livre. Essa técnica de dominação neutraliza a resistência de uma forma muito eficiente. A dominação que submete e ataca a liberdade não é estável. Por isso o regime neoliberal é tão estável, é imunizado contra toda a resistência porque faz uso da liberdade, em lugar de submetê-la. A opressão da liberdade gera resistência de imediato. Ao contrário, isso não ocorre com a exploração com a liberdade. Depois da crise asiática, a Coreia do Sul estava paralisada. Veio então o FMI e deu crédito para os coreanos. Para isso, o Governo teve que impor a agenda neoliberal com violência contra os protestos. Hoje mal existe resistência na Coreia do Sul. Pelo contrário, predomina um grande conformismo e consenso com depressões e síndrome de Burnout. Hoje a Coreia do Sul tem a mais alta taxa de suicido do mundo. A pessoa emprega a violência contra ela mesma, em lugar de querer mudar a sociedade. A agressão ao exterior que teria como resultado uma revolução cede diante da autoagressão.

Cada um é amo e escravo. A luta de classes se torna uma luta interna, consigo mesmo
Hoje não existe nenhuma multidão cooperativa, interconectada, capaz de se transformar em uma massa de protesto e revolucionária global. Pelo contrário, a solidão do auto empregado isolado, separado, constituiu o modo de produção presente. Antes, os empresários competiam entre si. Entretanto, dentro da empresa era possível existir solidariedade. Hoje todos competem contra todos, também dentro da empresa. A concorrência total ocasiona um enorme aumento da produtividade, mas destrói a solidariedade e o sentido de comunidade. Não se forma uma massa revolucionária com indivíduos esgotados, depressivos, isolados.
Não é possível explicar o neoliberalismo de um modo marxista. No neoliberalismo não existe lugar nem sequer para a “alienação” a respeito do trabalho. Hoje dedicamo-nos com euforia ao trabalho até a síndrome de Burnout [fadiga crônica, ineficiência]. O primeiro nível da síndrome é a euforia. Síndrome de Burnout e revolução se excluem mutuamente. Assim, é um erro pensar que a multidão derrotará o império parasitário e instaurará a sociedade comunista.
E o que ocorre hoje com o comunismo? O sharing (compartilhar) e a comunidade são constantemente evocados. A economia dosharing deve suceder a economia da propriedade e a posse. Sharing is caring [compartilhar é cuidar], diz a máquina da empresa Circler no novo romance de Dave Eggers, The Circle. Os paralelepípedos que formam o caminho até a central da empresa Circler contém máximas como “busque a comunidade” ou “envolva-se”. Cuidar é matar, deveria dizer a máxima da Circler. É um erro pensar que a economia do compartilhar, como afirma Jeremy Rifkin em seu mais recente livro, A Sociedade do custo marginal nulo, anuncia o fim do capitalismo, uma sociedade global, com orientação comunitária, na qual compartilhar terá mais valor que possuir. É exatamente o contrário: a economia do compartilhar conduz, em última instância, à comercialização total da vida.
A mudança, realizada por Rifkin, que vai da posse ao “acesso” não nos libera do capitalismo. Quem não tem dinheiro, tampouco terá acesso ao sharing. Também na época do acesso continuamos vivendo no Bannoptikum, um dispositivo de exclusão, no qual os que têm dinheiro ficam excluídos. O Airbnb, o mercado comunitário que transforma cada casa em hotel, rentabiliza até mesmo a hospitalidade. A ideologia da comunidade ou do comum realizado em colaboração leva à capitalização total da comunidade. A amabilidade desinteressada já não é mais possível. Em uma sociedade de valorização recíproca a amabilidade também é comercializada. A pessoa é amável para receber melhor valorização.
Na economia baseada na colaboração também predomina a dura lógica do capitalismo. De maneira paradoxal, nesse belo “compartilhar” ninguém dá nada voluntariamente. O capitalismo chega em sua plenitude no momento em que o comunismo é vendido como mercadoria. O comunismo como mercadoria: isso é o fim da revolução.
Byung-Chun Han é filósofo.


sexta-feira, 22 de março de 2019

Os anos 1980 e a geração mimadinha

A cada dia eu fico mais sem paciência com essa geração mimadinha atual e sua insistência em propagar sua novilíngua politicamente correta. Na década de 1980 e 1990, travesti era "O travesti", apenas um homem (geralmente) que gostava de se vestir de mulher, de parecer ser mulher mas sabendo que era homem e fazendo questão de continuar a sê-lo, como Rogéria tão bem definiu.
Nessa época animais eram apenas animais, gato era gato e cachorro era cachorro, não usavam roupas e nem tinham festa de aniversário, e nós os humanos éramos os "Donos" deles, e sim, cuidávamos muito bem deles, mas sem tanta frescura e sem tentar transformá-los em seres humanos. Hoje são chamados pela palavra inglesa "pet", possuem guarda-roupa e até usam jóias, e sempre tem uma raça que fica mais na "moda" que outra. Os donos são chamados de "tutores", como se isso os fizesse magicamente deixar de ser dono do animal, já que o tutor é o dono sim e pronto; e claro, tudo isso virou uma grande indústria.
Com relação a homossexualidade a coisa complicou de vez nos tempos atuais. Preconceito sempre existiu e vai continuar a existir, talvez de forma até mais grave atualmente haja visto o tipo de protestos feitos pelos militantes gays atuais que enfiam crucifixos no ânus em via pública. Os gays do passado lutavam para ser respeitados sem desrespeitar os outros, vejam o exemplo do deputado Milk nos EUA e dos estilistas Dener e Clodovil Hernandes aqui no Brasil: eles não precisavam chocar ninguém, eram pessoas normais, não agiam com a insanidade e a intolerância dessa geração mimadinha.
Ainda bem que em relação a Alimentação Natural os mimadinhos são a minoria das minorias, senão nós os onívoros estaríamos ferrados. Apesar de existirem muitos adeptos do vegetarianismo (já existiam muitos nos anos 80), que morrem de peninha dos pobres bois, porcos, frangos e carneiros, ainda não temos que sofrer com a perseguição dos ultra radicais "veganos" que nos consideram assassinos de animais pelo simples fato de comê-los, esses mimadinhos, intolerantes como todos os mimadinhos nos matariam se pudessem.
Será o fim dos tempos? Tomara.

segunda-feira, 18 de março de 2019

O Ser humano é do mal!

TALVEZ O TÍTULO POSSA TER LHE ASSUSTADO, mas o ser humano ao longo de sua história vem mostrando cada vez mais isso; já foi pior. Tragédias como as acontecidas em colégios, de Columbine a Escola Raul Brasil, nos mostra essa face tão indesejável de perceber, mas tão real, que é a maldade humana.
A quantidade de postagens na rede de computadores já é um bom indício dessa loucura, pois, que outro motivo senão o sadismo para querer que os outros vissem as terríveis cenas? Somos sádicos sim, talvez mais controlados que os perturbados rapazes de Suzano, não seríamos tão imbecis, é o que nos diferencia, apenas.
Esse ato de violência, de covardia, de ódio, de ressentimento da vida, ainda recebe apoio nas redes "profundas" da internet, e corro o risco de ser mal compreendido ao dizer que o desejo de fazer algo semelhante passou pelas nossas mentes normais, tão normais que nunca executamos nada parecido.
Mas a maldade é parte indissociável de nossa condição de humanos. Não precisamos falar como certos grupos de ódio, nossa maldade é fantasiada, imaginada, nunca chega a se concretizar, mas ainda assim é maldade.
Ás vezes nossa maldade aparece de forma camuflada, como no conto de Machado de Assis, "A Causa Secreta", mistura de sadismo e filantropia, é nossa maldade. Nada justifica o atentado terrorista na escola em Suzano, eles falharam justamente naquilo que nos faz humanos de verdade: poder se colocar no lugar do outro, apesar de nossa maldade.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Meu nome é Rádio

Viver nesse nosso mundo marcado pela desonestidade, pela violência, pela corrupção generalizada, pelo radicalismo idiota tanto de direita quanto de esquerda, pela burrice politicamente correta e pela completa canalhice nas relações humanas, nos faz desacreditar que alguma forma de bem, ou de ações boas possam realmente existir.
Mas felizmente ainda existem pessoas que nos fazem acreditar que alguma coisa de boa pode sair de um ser humano. Refiro-me ao técnico de futebol americano Harold Jones que literalmente adota o deficiente cognitivo James Robert Kennedy, conhecido como Rádio, e o transforma em mascote e ajudante técnico após salvá-lo de uma "brincadeira" de extremo mau-gosto feita por seus atletas subordinados. Mesmo sofrendo com a desconfiança e o preconceito de parte dos pais de alunos, Jones cria uma espécie de "educação inclusiva" antes que isso virasse um programa educacional.O filme é de 2003 e conta com um grande elenco (Ed Harris e Debra Winger) e uma atuação primorosa de Cuba Gooding Jr. no papel título.

domingo, 13 de janeiro de 2019

Damares e as crianças de Fátima

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro falou que viu Jesus em cima de uma goiabeira quando criança e virou a piada da vez nas redes sociais, tinha até um livro para ser lançado agora que parece ter ser sido adiado. 
Os três pastorezinhos de Fátima também eram criança, Lúcia dos Santos, com dez anos na época das aparições, e os seus primos maternos Francisco Marto, com oito anos, e Jacinta Marto, com sete anos e ambos irmãos, que por sinal morreram pouco depois das aparições. 
Queria apenas entender porquê só a ministra é considerada maluca pela visão e as outras crianças não.
A ministra alucinou ou delirou? E as crianças portuguesas, não teriam também tido alucinação ou delírio? Que dúvida terrível não?
Mas se pensarmos que os humanos tem uma tendência a crer no fantástico, no impossível, esses pseudo milagres podem virar aquilo que não são.

domingo, 6 de janeiro de 2019

Feminicídio

Já vou avisando que não gosto do termo que foi criado pela turminha politicamente correta e profundamente idiota. Para mim crime é crime, e pessoas devem ser respeitadas sejam de que sexo for, de qualquer orientação sexual ou cor de pele; e criminosos devem mofar na cadeia e alguns deveriam ser executados por seus atos homicidas.
Minha namorada perguntou ontem por que em apenas cinco dias desse novo ano cinco mulheres foram assassinadas pelos ex-companheiros, e tive que lhe recordar que no ano passado a média havia sido praticamente a mesma, o crime contra mulheres vem crescendo e há uma explicação para isso. No passado, da década de 1980 para trás, os crimes estavam ligados a chamada defesa da honra, ou seja, homens que haviam sido traídos por suas companheiras se achavam no direito de assassiná-las para defender sua honra (?!), e claro, os casos de espancamentos e outras violências não eram notificados, não havia a lei Maria da Penha.
Entretanto, o atual comportamento violento dos jovens maridos e namorados é indicativo de um grave distúrbio de comportamento; hoje essa geração mimada não aceita contrariedade, não aceita não como resposta. Que coisa louca não? Existe aí fora uma legião de idiotas mimados por suas mamães ou vovós que não vão aceitar ser deixados por suas parceiras, não vão aceitar que ela não queira namorar ou sair com ele, não vão aceitar que elas refaçam suas vidas com outros parceiros e não vão aceitar ouvir não.
Por que aumentou a violência contra as mulheres? Porque a geração "mimadinha" cresceu em estatura física e corporal mas não emocionalmente, e cabe às mulheres estarem atentas aos sinais para evitar os mimadinhos assassinos: ACABE O NAMORO NO PRIMEIRO ATO DE DESRESPEITO, começa com um grito, depois um empurrão e depois um tapa ou um soco, o ato final é um tiro ou facada.