segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Retrospectiva 2016

Essa é uma retrospectiva pessoal. Como foi meu ano de 2016? Foi um ano bom, com momentos de tensão e chateação, mas, com mais momentos felizes.
Apesar da crise nas áreas políticas e econômicas pelas quais o país passou, o ano transcorreu tranquilo, continuei trabalhando normalmente, tomando cerveja e fumando, passeando com os filhos e namorando minha parceira.
Acontecimentos marcantes: Resolvi colocar implantes dentários, foi um sufoco, quase sete horas de cirurgia, um pós cirúrgico desconfortável, sem poder comer sólidos, um horror, mas o resultado ficou bom. Mas não faria de novo.
Dois tios morreram em Caruaru, ambos já com a idade bem avançada, Tio Tota e tia Del R.I.P.
Viagens: Em janeiro fui para São Miguel dos Milagres, no camping com amigos; fomos (pai, mãe e a namorada) para Tamandaré, visitar a turma de Caruaru que estava passando férias; no fim do mês fomos ao Recife.
Em fevereiro fomos à Caruaru acompanhar o sepultamento de tio Tota. No dia 18 de maio fomos para Belo Horizonte, no dia 20 visitamos Ouro Preto e Mariana. No mês de julho fomos para um hotel fazenda em União dos Palmares e de lá para o show do Biquíni Cavadão em Garanhuns. Fui com meus pais para Caruaru no feriado de 7 de setembro. E a última viagem do ano foi para Peroba, litoral norte do estado, município de Maragogi; de lá fomos almoçar em São José da Coroa Grande.
Ah, e descobri essa praia maravilhosa de Sauaçui (meu filho mais velho costuma acampar lá e me deu a dica), o seu rio igualmente, aonde tirei essa foto que aparece acima com o filho caçula.
Que venha 2017!

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Hipnose: a pobreza das evidências

Os Planos de Deus

Se tem uma coisa que todo místico concorda, seja ele de qualquer corrente espiritualista, é o chamado "mistério do plano de Deus", ou seja, eles não sabem e nem fazem a menor ideia sobre as vontades de seu deus, apesar de alguns místicos (padres, pastores, mulás etc.) afirmarem receber mensagens diretas do reino espiritual.
Na última semana o país ficou atônito com a tragédia aérea que vitimou mais de setenta pessoas, entre elas a comissão técnica e o time da Chapecoense, revelação da copa sul-americana. Diante da morte, e ainda mais de mortes trágicas e coletivas, e mais ainda quando há sobreviventes - um deles só sofrera pequenas escoriações - as tentativas de explicação segundo o "plano de Deus" mostram sem disfarce sua fragilidade, sua incoerência é desnudada. Qual seria o plano de deus para os mortos no acidente e para os sobreviventes? Certamente não seria o mesmo plano.
E quando um sobrevivente exclama: "Deus me deu uma nova chance!", mas não se pergunta o porquê de deus não ter dado a mesma "nova chance" para os colegas mortos, mesmo que não se saiba muito bem o poderia significar essa "nova chance". E é aí que vem a frase famosa, quando não se consegue ver o obvio da inexistência de qualquer plano de natureza divina, e o crente suspira: "São os mistérios dos planos de Deus". Pronto, está tudo explicado.
Não é de hoje que a humanidade busca explicar o inexplicável a partir de concepções sobrenaturais, religiosas e mágicas; é como se nosso cérebro necessitasse disso, tudo deve ser explicado, mesmo que a explicação seja completamente improvável, mas ainda assim satisfaz algumas mentes. Mas essa tentativa de explicação teológica esbarra em um ponto intransponível, que surge nas grandes catástrofes como o "11 de setembro" e o furacão Katrina nos Estados Unidos, e como a morte de jogadores, comissão técnica, jornalistas e tripulantes em Medelín na Colômbia. Não dá pra entender ou mesmo explicar os "Planos de Deus".
Os crentes mais honestos dirão que não entendem os planos de deus e pronto. Os mais zelosos vão tentar justificar os atos de deus em relação aos mortos e sobreviventes e vão inundar os meios de comunicação com grande quantidade de "pérolas", como essa proferida por Anne Graham em entrevista na TV sobre o porquê de ter acontecido os atentados em 11 de setembro:
'Eu creio que Deus ficou profundamente triste com o que aconteceu, tanto quanto nós. Por muitos anos temos dito para Deus não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas.  Sendo um cavalheiro como Deus é, eu creio que Ele calmamente nos deixou. Como poderemos esperar que Deus nos dê a sua benção e a sua proteção se nós exigimos que Ele não se envolva mais conosco?' 
E essa outra grande inverdade proferida pelo padre cantor Fábio de Melo ao se referir aos familiares dos mortos na Colômbia: "A dor da família hoje é de todos!". Só que não né padre, isso nada mais é que a tentativa (falsa, claro) piegas de "se colocar no lugar do outro", mesmo sabendo que não dá. Nunca a sua "dor" se comparará àquela de quem perdeu um parente, um filho, um marido, um amigo; até porque duvido realmente da existência dessa dor.
Precisa dizer mais alguma coisa?