As Aventuras de Pi

Maravilhoso. É a melhor palavra para descrever o filme do diretor Ang Lee, baseado num conto de Yann Martel, em que é narrado, pelo próprio protagonista, Pi Patel, sua aventura pós naufrágio em um barco salva-vidas acompanhado por um tigre de Bengala.
Desde cedo Pi, que se chamava piscina (em homenagem ao seu tio nadador), tem seu destino desde o nascimento ligado à água, que será seu Do, seu caminho, para a viagem interna que todos fazemos para enfrentar nossos fantasmas, ou não.
Após ser o único sobrevivente de um naufrágio em que pereceram seus pais e seu irmão velho, Pi se vê perdido na imensidão do Pacífico (aquele que trás-manifesta-simboliza a Paz) para se encontrar consigo mesmo, num bote salva-vidas tendo um Tigre por companhia. O adolescente terá que nomear suas dúvidas de criança: quem é Deus? YAWHE, Vishnu, Krishna, Alá ou Jesus? Todos seriam uma só divindade? O que Ele quer de nós?

E no barco ele aprende tudo de que precisa para sobreviver, e também a experimentar sua fé. De um manual de sobrevivência no mar até o nosso velho método de testar hipóteses, o ensaio-e-erro, ele aprende a conter a força bruta, instintiva do Tigre, que divide com ele o barco, e de seu tigre interior, suas pulsões.
E ao chegar à mística ilha (que tem formato de Homem) que dá de dia e toma de noite, Pi tem, talvez, a revelação daquilo que não queremos acreditar quando somos jovens: que aquilo que é dado... será cobrado depois.
Tem ainda a história de um escritor em busca de uma boa  história, e mais ainda, em busca de uma história que dê sentido a sua vida de jovem aspirante a escritor. E ele terá que optar pela história que contará: Ciência ou fé? Pi já fez sua escolha, enquanto narrador. Fez de seu Tigre, Richard Parker, sua epifania, seu encontro, com possibilidades imensas de reunir no céu estrelado do mar imenso das dúvidas, YAWHE, Jesus, Alá, Vishnu e Krishna. Sincretismo necessário para não ver Deus limitado.
Uma das passagens mais marcantes diz respeito a dúvida de colocar ou não o Tigre de volta no barco. Momento difícil, ele hesita entre a alegria de se livrar do perigo mortal e, ficar só, sem algo que o mova, o motive; e opta pela segunda saída, conviver com aquilo que o assusta, que parece indomável, mas que se mostrará possível. Algo como cantar a música de Milton Nascimento:" medo, eu não te escuto mais. Você, não me leva a nada".
Além de tudo, o filme é um show de fotografia e efeitos especiais, coisa de Ang Lee, que já nos ofereceu filmes como "Razão e Sensibilidade" e "O Segredo de Brokeback Mountain".
Por tudo isso, assistir as Aventuras de Pi, é viajar também, num barco salva-vidas e sentir como nossa trajetória no mar-da-vida nos conduz, ou como podemos ser conduzidos ou condutor, e chegar até uma praia em que seremos finalmente resgatados.

Cláudia Raia

A modelo e atriz Claudia Raia, que começou a carreira nos programas de Jô Soares, transformou-se na grande musa erótica dos anos 1980. Foi capa da Playboy em mais de uma edição, e consagrou-se como musa do erotismo brasileiro, por sua beleza inigualável.

Djenane Machado

Uma das atrizes mais desejada da TV brasileira na década de 1970, e uma das primeiras a posar em fotos sensuais para a revista Playboy ( na época chamada de revista do Homem) em maio de 1976. Após seu envolvimento com o alcool e outras drogas, afastou-se gradativamente da televisão, e posteriormente do cinema. Atualmente vive  no Rio de Janeiro e dedica-se a escrever poesias.

 

Coelhinhas da Playboy (1970-1980)

Vamos prestar uma homenagem as mulheres fantásticas que povoaram os sonhos dos adolescentes dos anos 70 até o final dos anos 80!

As Idades do Amor

Assistir esse filme é constatar a evoluçao dos nossos sentimentos (da passionalidade absoluta até a calmaria), e da forma como nos  relacionamos com o outro a partir daí.
Desde a primeira historia (são três), somos confrontados com nossos estados psiquicos em cada momento relevante de nossas vidas.
Dos impetos das paixões juvenis até a calma perseverante da meia idade, passando pela patologia dos amores loucos, borderline mesmo, o filme em tom de comédia, nos mostra que não importa onde ou como estejamos, Cupido/Eros estará sempre a nos rodear com suas flechas.
Mas não sem mostrar, que mesmo com o passar dos anos, continuamos brincantes.
Eu explico. Tanto faz ter 10 ou 70 anos. Nossa vivencia do amor será estruturalmente a mesma.
Um desejo egoista de ter o ser amado, e o mais importante...Ser amado (por ele).
Na maturidade (representado pelo personagem de Robert de Niro) vemos o homem mais velho desejando a mulher mais nova (bem mais nova), e a mulher mais jovem desejando o homem mais velho. A princípio parece ser uma questão de dinheiro. E depois, uma questão de amor.
Contrariando o senso comum, o filme mostra que amor não tem idade, tem tesão.

Porque eu quero ser vereador?

Aqui em Maceió, temos aproximadamente 500 candidatos a vereador. E a pergunta que não quer calar é: porque tanta gente quer ser vereador da cidade? Bom, temos candidatos de todas as espécies, médicos, pastores, advogados, líderes comunitarios, deficientes fisicos e os folclóricos de sempre, além, claro, dos políticos profissionais (ou seus filhos).
Entre os médicos a maioria é composta por cardiologistas, obstetras e clínicos geral. A pergunta óbvia é: porque esses médicos querem ser vereadores, depois de 6 anos de faculdade e outros tantos de residência e especialização, para ganhar um salário (o oficial, declarado na folha de pagamento da Câmara Municipal) que não chegaria nem perto ao que ganha um médico em seus múltiplos empregos? Consigo vislumbrar três possíveis resposta: ou falta de vocaçao para o exercício da medicina, os baixos salários nos sistemas de saúde pública ou o simples desejo de aumentar os rendimentos em um emprego que não exige tanto da pessoa.
Quanto aos advogados parece que a questao é mesmo financeira, pois, talvez o exercício da profissao não esteja sendo tão rentável quanto o esperado (digo isso devido à grande quantidade de candidatos advogados nesse pleito). Outro agravante é o grande número de faculdades de Direito em Maceió, jogando nas ruas centenas de bacharéis ano a ano. A maioria nem consegue passar no exame da OAB, e os que conseguiram, ainda vão tentar se estabelecer ou tentar passar em concurso para promotor ou juíz, o que não é fácil, então, resta o caminho da política.
E o que dizer dos pastores? Primeiro é que se resolveram pastorear uma igreja, assumam esse compromisso integralmente. Segundo, o fato de se candidatarem, por si já demonstra falta de compromisso com sua "pseudo-vocação" pastoral. Mas, como a maioria não consegue ter o sucesso financeiro de alguns congêneres em arrecadaçao de dinheiro, por estarem em igrejas pequenas, em que os dízimos são insuficientes para o tamanho de suas ambições, o caminho da política parece mais promissor, ainda mais agora que a população evangélica quadruplicou no Brasil.
Os deficientes físicos de Maceió se apóiam (perdoem o trocadilho infame) no sucesso obtido por seus pares em outros pleitos, principalmente no finado Gerônimo da Adefal que foi Deputado Federal e em Thaís Guedes, atual Deputada Estudal e já envolvida em escândalos de irregularidade. Então, esperançosos na piedade ou pieguiçe popular, acreditam que a sua deficiência física os capacitaria a legislar no município.
Os líderes comunitários, que se acham os legítimos representantes de seus bairros, são geralmente ex-cabos eleitorais dos políticos profissionais de eleições passadas. Cansados de ajudar a eleger os outros, sonham em assumir o lugar deles e se locupletar (como seus antigos patrões) com a dinheirama fruto das maracutais do sistema.
Quanto aos folclóricos, são os mais assumidos em seu desejo de mudar de vida, de mamar nas tetas do serviço público: palhaços, "drag queens" e gaiatos de plantão, querendo apenas um lugar ao sol, ganhar bem e aproveitar as benesses decorrentes das negociatas com o erário público.
O que os une: aumentar seus rendimentos. Só isso e nada mais.
E, finalmente, quanto aos profissionais, atestamos óbvio ululante: eles também querem tão somente continuar a ganhar "seu" rico dinheirinho continuando a história de seus pais ou avós.
Ou seja, é tudo malandragem e safadeza.

Eleições 2012: recomeça a safadeza...

Foi dada a largada para mais um pleito eleitoral. A campanha já está nas ruas, com bandeiras, carros de som e distribuição de santinhos (acho que deveriam ser chamados de "diabinhos", é mais apropriado), afim de coquistar a simpatia dos estúpidos eleitores.
E a coisa toma proporções que enojam os mais sensíveis: uma leva de caras-de-pau e oportunistas em suas caminhadas de campanha, seguidos de bajuladores e parasitas do "partido", a distribuir abraços e apertos de mão, sorrisos fingidos e gestos de vitória que fazem meu estômago revirar.
Na próxima semana começa a campanha no rádio e na TV, e aí a palhaçada atinge o ápice: show de mentiras, promessas que jamais serão cumpridas, ofensas, baixaria e cenas cinematográficas de um mundo melhor, feitos para enganar os tolos; e conseguem.  
Faz tempo que eu não voto, e por dois motivos: primeiro, não confio nas urnas eletrônicas - você já se perguntou porque esse processo só é usado no Brasil, que nem é o mais avançado país em termos de tecnologia de informática; e segundo, porque defendo o voto facultativo, pois, ninguém pode ser obrigado a escolher entre um pilantra e outro. Para mim tanto faz quem será eleito, são todos desonestos, oportunistas e vigaristas tentando melhorar de vida e/ou fugir de processos judiciais.
 

Ditadores: farinha do mesmo saco!

Qual a diferença existente entre Hitler e Stalin? Ou entre Sadam e Fidel? E o que dizer de Mussolini e Mao Tse Tung?
As diferenças entre eles estão apenas na fisionomia, pois tanto no aspecto psicológico quanto no ideológico eles são muito semelhantes.
Psicologicamente eles teem em comum a "ânsia pelo poder", descrita por Adler e uma personalidade esquuizóide, com tendência á paranoia. Hitler, Stalin e Sadam Hussein, por exemplo, eram notadamente paranóicos. Junte-se a isso um forte Narcisismo Maligno, a conferir um tom psicopático, que faz com a maioria deles sinta um prazer intenso na tortura e morte de seus inimigos.
Do ponto de vista ideológico, apesar de parecerem diferentes, os ditadores da esquerda ou da direita possuem dois pontos em comum: o primeiro é a crença em um partido único salvador, restaurador, libertador e detentor da verdade única a qual todos devem se submeter; e o segundo é a intolerância com os que pensam diferente, esses são chamados de traidores, contra-revolucionário, reacionários, inimigos do povo, e devem ser eliminados para não contaminar o tecido social que caminha para a perfeição (na cabeça deles).  
Portanto, não importa a posição política, se direita ou esquerda, pois todos os ditadores citados acima foram responsáveis por milhares/milhões de mortes em seus países e alguns até em mais de um país, e inquestionavelmente levaram seus países a ruína, deixando aos sucessores o fardo da reconstrução. Apesar de estarem em queda, ainda existem espalhados pelo mundo alguns redutos viviendo na opressão, como a Coréia do Norte, Cuba, Irã e outros países do Oriente Médio.
Por isso, nada mais lógico que considerar todos os ditadores como bandidos auto-autorizados a cometer atrocidades em nome de sua insanidade mental, que responde pelo nome de Pátria, Deus, Comunismo, Socialismo, Alá, Povo, Democracia Popular, Liberdade etc. Conversa para boi dormir. Balelas!
Abaixo qualquer ditadura!

Guerra (nada) Santa !

Quase tive uma crise mortal de riso ao ver no youtube a nova investida de Edir Macedo contra seu mais ferrenho concorrente no (milionário) mercado de almas incautas: uma entrevista com o "diabo" em que ele (o próprio cão), revela ser o responsável pelos milagres ocorridos na igreja de Valdemiro Santiago.
A atriz contratada para incorporar o diabo se confunde na hora de dizer em qual igreja ele se sente mais feliz - se na Universal ou na Mundial - o que leva Macedo a reformular a pergunta, ajudando o capeta a voltar ao script.
Entretanto, o mais surpreendente, é que as pessoas não se dão conta do tamanho da palhaçada em que estão metidas. Não enxergam que tanto Macedo quanto Santiago pertencem ao mesmo tipo de pastores vigaristas e oportunistas que a cada dia cresce em nosso país, nos meios neopentecostais, graças ao exemplo que eles mesmo fazem questão de mostrar, com um enriquecimento rápido, fruto de um tipo de culto que tem como prioridade a arrecadação de dinheiro.
Em seu programa de TV Santiago esbravejou e acusou Macedo de ser alcoolátra e libertino, cuspindo descaradamente no prato que comeu por muito, muito tempo. Macedo, por estar perdendo a clientela pra Santiago, vai continuar a atacar... Aguardemos então os próximos capítulos dessa guerra nada santa.

Partido Comunista, dá pra acreditar?

Hoje vi o programa do Partido Comunista do Brasil, o PC do B, do qual fiz parte na década de 1980 e desfiliando-me após seu apoio a candidatura de Fernando Collor ao governo de Alagoas, por entender que tal apoio a um candidato nitidamente anti-socialista seria uma contradição irreconciliável ao que o partido se propusera a lutar pelo socialismo.
Aprendi então que para o PC do B, estar no poder estava acima de qualquer ideologia. E, isso foi provado posteriormente quando o partido se aliou ao PT, de Lula, que sempre fora criticado pelo partido como o representante da burguesia, já que era o sumo representante da social-democracia.
Aqui em Alagoas, muita gente migrou para o PT. E o PC do B, continuou a se aliar com qualquer legenda que estivesse no poder. Até, finalmente, se render e se aliar ao PT, já que estava quase chegando ao poder.
E Lula, que era o social democrata, cria do sindicato Solidariedade da Polônia, passa a ser o heroi dessa leva de oportunistas (João Amazonas, Renato Rabelo, Aldo Rebelo etc), que criticaram até a exaustão a criação do PT, e sua vinculação ao que de pior existia naquilo que chamavam de reacionário.
Eu estava presente no congresso da UNE que elegeu Aldo Rebelo presidente da entidade em Cabo Frio, e participei do rechaço dos partidos de esquerda que viam no PT os mesmos germes fascistas que eram comuns nos partidos de direita. O que será que mudou nesses partidos, e, particularmente no PT?
E o pior que ouvi hoje no programa do PC do B, foi Rabelo afirmar que a guerrilha do Araguaia foi determinante para a democratização do país!?! A chamada guerrilha do Araguaia nem chegou a ser uma guerrilha. Foi um movimento foquista-suicida promovido pela imbecilidade de mentes doentias que levaram mais ou menos setenta jovens a acreditar que seria possível fazer a Revolução (sem apoio popular) no sul do Pará, sem nenhuma base concreta, além do delírio psicótico das lideranças.
E o resultado não poderia ser diferente... foram exterminados. Ouvi de um paciente que participou da "guerrilha" uma fala de uma guerrilheira que fora presa pelo exército: "que bom que isso terminou, espero só cumprir minha pena e sair pra criar meu filho". Não saiu. Foi morta pelo esquadrão de Sebastião Curió. Como tantos outros.
O PC do B, como já foi dito por outros, foi a sobrevivência de um erro. Não tem 90 anos, pois, o partido original era o PCB, que ao criticar os crimes do Stalinismo, via movimento internacional promovido por Kruchov, situou-se como partido brasileiro, mas, pertencente á internacional comunista.
E a história tem mostrado quem é esse partido. Oportunista, mendigo de cargos em qualquer governo, seja de esquerda ou direita, pois esses parasitas servem a qualquer causa, desde que estejam no poder.
Logo, são mais podres que qualquer agremiação nojenta de nossa sociedade.

Parabéns Sil...

Hoje minha irmã faria 56 anos. A saudade é maior a cada dia, apesar de parecer que o tempo diminui o sofrimento e faz a falta ser minorada. Não faz. Á medida que passa o tempo, mas vai fiicando a certeza que a gente não vai mais se ver, e o sofrimento é maior.
Hoje é o aniversário dela. Quase que liguei pro telefone dela.
Queria ouvir sua voz, sua risada, suas brincadeiras.
Lembrei de suas brincadeiras. Suas músicas: Vinicius de Moraes, Chico Buarque, Toquinho, Miucha, Antonio Carlos e Jocafi, Maria Betânia, Caetano, Gal e Gil.
Seus escritores favoritos: Marina Colassanti, Clarice, Rachel, Scliar, Bandeira, Drummond, Bandeira.
Lembrei mais ainda de sua grandeza como pessoa, como mãe, como mulher e como minha irmã.

Saudades...

No sábado 18/02, um trágico acidente na BR 316 tirou a vida de minha irmã e de meu cunhado.
Nós nunca estamos preparados para esse tipo de acontecimento, apesar de vermos diariamente nos noticiários eventos dessa natureza, mas, é sempre com os outros que eles ocorrem.
E ainda mais no carnaval. Todos os anos vemos os números dos acidentes nas estradas, dos assassinatos nos festejos e todas as mazelas frutos dos excessos característicos desse período. Mas, é sempre com o outro.
E quando a tragédia bate em nossa porta a primeira reação é negar. Não pode estar acontecendo comigo, com minha família. Parece um filme de horror, e o pior, parece não ter fim. Filmes de terror terminam, tragédias pessoais não. São os filhos, de cada um e de ambos perplexos, sem palavras diante do inominável a lembrar que isso é real. É o sofrimento da mãe, doída, visceral, diante desse erro da natureza, a lembrar que isso é real mesmo. A tristeza dos irmãos, primos e amigos a atestarem o mesmo dolorido real.
Tive um professor que lecionava a disciplina "Tragédia Grega" que passou por um acontecimento similar: perdeu um filho de 20 e poucos anos assassinado. Numa das aulas ele nos disse que só agora entendia plenamente o sentido da tragédia na Literatura (e na vida): a tragédia não é a morte do ente querido em si, mas, ter que continuar a viver, apesar de tudo.
É isso...

Férias (fotos tiradas com o celular)

Corcovado (foto tirada dentro do bondinho)15/01/12

Copacabana, 15/01/12

Búzios, 14/01/12