quarta-feira, 20 de abril de 2016

A Cara do Brasil

Brasilia viveu mais um dia de circo no domingo passado durante a votação para a abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma. Sempre precedidos de um argumento idiota e totalmente pessoal, tal como "por minha família, por meus filhos, pela minha mãe, pelo raio que o parta", os quase 513 deputados (as) iniciavam seus dez minutos de histrionismo.
O que aprendemos no domingo? Primeiro, que mais da metade dos parlamentares são semianalfabetos, a língua portuguesa nunca foi tão agredida quanto no domingo a tarde. Em segundo lugar, a completa falta de discussão política, de argumentação, de defesa de pontos e princípios seja à direita ou à esquerda foi a marca do dia.
Então, como se não bastasse a baixaria e a feiura do evento, aparece o deputado Jair Bolsonaro - da chamada bancada da bala - a fazer homenagem póstuma a um coronel torturador do DOI-CODI falecido ano passado, mostrando mais uma vez ao país sua índole malévola; em seguida o deputado "gaysista" de reality show em mais um de seus momentos "bicha-louca" cospe o fascista Bolsonaro; e, completando o dantesco quadro, aparece um deputado do ridículo e anacrônico PSOL a homenagear outra leva de bandidos, agora da esquerda como Marighella e Prestes.

O mais chocante foi ver isso: bandidos votando para punir bandidos. Lula, Dilma, Bolsonaro, Cunha e tantos outros daquela casa são semelhantes em quase tudo, apenas se situam politicamente em polos ou cores opostas.De um ex-presidente bêbado, pornográfico e ladrão; de uma presidente incompetente, criminosa e corrupta, de um militar psicopata que cultua torturadores e de um demagogo evangélico (pleonasmo!?) comedor de propinas o que se pode esperar? Apenas que todos eles paguem por seus crimes. Fora Corruptos de todas as cores e bandeiras.