terça-feira, 26 de junho de 2007

vida bandida.

mais uma vez jovens de classe média resolvem se divertir ás custas do sofrimento alheio...evento psicopático normal na atribulada passagem pelos lutos oriundos da adolescencia, pode-se alegar; entretanto, vejo também nesse caso não apenas o desejo - talvez inconsciente - de desafiar e transgredir a lei do pai, ou lei da cultura. vejo o ato como decorrente também da certeza de impunidade, não vai dar em nada, é só uma empregada doméstica que se pensava ser prostituta, assim como o índio foi confundido com um mendigo; queimar mendigos e espancar prostituta pode. pode porque renan, roriz, delúbio, zuleido, mendes jr, dirceu, vavá, barbalho, acm, collor e tantos outros ensinam que se pode fazer o que quiser, pois, não há punição.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

1ª sessão (abertura)


O sol do Nordeste que devasta a vegetação, o gado e o homem, nada pode fazer contra esse reservatório d'água em forma de letra grega (psi), símbolo da resistência de uma cultura que insiste em cantar sua vida e morte "severina" do popular ao erudito, ao eros, dito do popular do cantador de feira e dos poetas de bancada e dos escritores que saindo do sertão ao litoral ganharam o mundo.

O sol do Nordeste que bronzeia corpos no mais deslumbrante litoral do país, que de frente pro mar se encanta e às vezes permanece pra sempre de costas pro país; é o mesmo sol que aquece os versos e a prosa de Zé Duda a Leandro, de Athayde ao clã Batista, de Aderaldo a Patativa, de Manoel Monteiro a Arievaldo, de Alencar a Ariano, de Cecília a Arriéte, de Graciliano a Zé Lins, de Castro a Jorge e Ledo, de Lobato a Bandeira; e aquece as folhas de Freud em frente a janela.