sábado, 23 de junho de 2018

Sobre a Copa do Mundo de Futebol e Conselhos para Neymar

Minha análise sobre a campanha da seleção brasileira nesse mundial não é muito diferente daquilo que pensei na copa passada aqui no Brasil. O componente emocional parece o mesmo: uma espécie de desespero, de afobação que certamente tem contribuído para o desempenho tímido nos últimos dois jogos, um empate no primeiro jogo contra a Suíça e uma vitória nos acréscimos contra a Costa Rica.
Nervosismo demais e futebol de menos. Em 2014 era chororô, dramaticidade e malandragem até o vexame contra a Alemanha. Em 2018 também em apenas dois jogos. O craque do time começou o mundial mais preocupado em mostrar a exuberante cabeleira loira e cavar faltas que jogar o seu futebol de qualidade que sempre apresentou nos clubes em que joga; aliás, se Neymar fizesse análise seria o melhor do mundo, pois seu rival mais próximo na categoria parece estar perdendo o juízo também. E, ele sabe lidar muito bem com a bola nos pés, mas é um fracasso quando se trata de inteligência emocional.
Assim como Messi, Neymar não tem jogado bem, mesmo tendo feito um gol no último jogo; entretanto, ao ver o todo da última partida - em que esteve bem melhor que na primeira - ele continua insistindo no esquema de cair para cavar faltas, é o velho Neymar cai-cai, desonesto e malandro de quinta categoria, coisa que não era comum nos craques do passado, não víamos Pelé, Zico, Falcão, Romário e os dois Ronaldos preocupados com isso. E é bom lembrar que os jogadores brasileiros não são os melhores exemplos de ética na quatro linhas.
E mais, o craque do time além de jogar quer apitar o jogo... Isso é o fim da picada. Com toda certeza os problemas psicológicos do nosso principal jogador pode contaminar o resto da equipe, além de prejudica-la é claro, pois, já levou um cartão amarelo e pode desfalcar a equipe sim, e aí? Teremos um outro 7 a 1?
O maior problema ao meu ver é a forma como a CBF (e parte da imprensa) encara o mundial, ou seja, como sendo algo mais que uma simples competição de futebol, até parece que o mundo será diferente se ganharmos o título, e todos estamos carecas de saber que isso não muda nada, como não mudou em 58, 62, 70, 94 e 2002. Nada muda com o título de campeão, a não ser o uso sociopolítico que se faz desse evento pelos vários governos das mais variadas cores. Então, parece ser a "cultura" que se criou em volta do evento futebol, transformado ao longo dos tempos em fenômeno internacional de consumo, que transforma a vida de inúmeras pessoas, a começar com a vida dos próprios jogadores que sonham desde a escolinha de futebol com a fama, riqueza e sucesso de seus ídolos.
Conselho para Neymar (Cristiano já aprendeu), saia da menoridade e assuma a maioridade... pare de agir como se fosse um adolescente e assuma seu lugar de homem adulto! Não é conselho só pra nosso craque, é pro time inteiro, pra toda comissão técnica, pra mim e pra todo mundo.