domingo, 2 de março de 2008

Observações Sobre o Amor Transferencial - 2


A transferência é ambivalente; ela abrange atitudes positivas (de afeição),
bem como atitudes negativas (hostis) para com o analista que, via de
regra, é colocado no lugar de um ou outro dos pais do paciente, de
seu pai ou de sua mãe. (Freud, 1940)

Cláudia começou sua análise aos 28 anos, vinha encaminhada pelo setor de psiquiatria de um hospital particular com o diagnóstico de Esquizofrenia Paranóide. Contou-me que tivera uma forte crise havia 2 anos, durante a mesma ela quebrou móveis, agrediu pessoas da família, abandonou a faculdade e tinha pensamentos homicidas em relação ao filho e ao ex-marido. hoje ela está com 31 anos, ainda parece uma adolescente, tanto pelo vestuário como pela forma de encarar a vida - sem querer assumir muitas responsabilidades. Não teve mais crises, está trabalhando e arrumou um namorado por quem se diz apaixonada. Está feliz e com medo desse bem-estar acabar. Ontem recebi a seguinte mensagem no celular: "muito obrigada por estar me ajudando, adoro o senhor, é quase o pai que não tive, agora é que preciso mais de ti e de todos que são de Deus. Abraço, ...". Mais uma vez a velha e boa transferência...

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