sábado, 8 de dezembro de 2018

Viver com medo é ser escravo.

O medo é paralisante, impede de caminhar e limita a vida. A Psicologia desde o início do século XX tentou explicar esse comportamento: seria aprendido ou hereditário? O que nos transforma em seres medrosos?
Para Freud o protótipo de todos os medos é o medo da morte, que por não se inscrever corretamente em nossa mente inconsciente, aparece na nossa consciência como medo do sofrimento, da castração simbólica. O medo da morte remete ao medo do desconhecido, tememos aquilo que não conhecemos e criamos estratégias para lidar com ele. Desse medo do desconhecido nasceram as religiões e os deuses e demônios, fadas e elfos, gnomos e monstros.
Em 1920 na Universidade Johns Hopkins, o psicólogo behaviorista John Watson e sua orientanda Rosalie Rayner realizaram um experimento que ficou famoso, "O pequeno Albert", para provar que o medo pode ser um comportamento aprendido (existem vários vídeos e textos na internet).
Hoje em dia vivemos basicamente com medo, que aliás está na base de alguns transtornos psicológicos, tais como o transtorno de ansiedade (medo do que poderá acontecer), das fobias (medo de um determinado objeto ou situação) e até das depressões. Medo da violência urbana, tão comum nas grandes cidades brasileiras e o medo do futuro sempre incerto numa sociedade que não oferece garantias aos cidadãos, salários baixos, desemprego, corrupção galopante.
O guru já falecido e bastante controvertido por suas práticas, Osho, em um de seus livros afirma que "A sua vida começa quando seu medo acaba", porque viver com medo é ser escravo, escravo de nosso desejo de onisciência e onipotência.

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