quarta-feira, 30 de setembro de 2015

ALÁ NÃO PODE EVITAR O MAL.

 Na semana passada (24/09) mais de 700 pessoas morreram pisoteadas na cidade de Mina, no festival religioso islâmico Hajj (grande peregrinação). Além dos mortos, mais de 850 fieis ficaram feridos, quando duas multidões se encontraram na área destinada ao apedrejamento de Satã. Isso mesmo, os religiosos foram ao local para jogar pedras numa parede que representa o diabo para os muçulmanos.
Que tipo de pessoa se mete numa aglomeração para jogar pedras em Satã? A resposta é simples: o mesmo tipo de pessoas que segue procissões católicas, cortejos festivos do Candomblé etc.
O sujeito religioso, como dizia Freud, é um sujeito que se encontra num estado regressivo de grande intensidade em que sua capacidade de raciocínio lógico está embotada. Ele é incapaz de agir racionalmente e entrega-se livremente ao delírio religioso.

Tivesse ele um mínimo de pensamento racional questionaria logo a falta de proteção de seu(s) deus(es) que não evitou a tragédia. Ou poderia até pensar que Satã não gostou das pedradas e reagiu. Mas, o mais importante é que ele elide a conclusão lógica de que Alá não pode evitar o mal, logo, ou não existe (opção mais acertada) ou é sádico e/ou impotente, não tem outra alternativa.
Porém, novamente cito Freud, todo aquele que participa de um delírio não irá reconhecer a atividade delirante, procurará antes argumentos esfarrapados para justificar a inoperância de seu deus, e, assim continuar acalentando sua esperança de imortalidade num paraíso qualquer.

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