
No entanto, para os crentes (os chamarei assim doravante), que não têm como argumentar quando as evidências lhes saltam na cara, a saída é acusar os outros de também terem feito eles as mesmas coisas, ou, recorrer ao velho e cansativo chavão da esquerda bolorenta e acusar a imprensa burguesa de querer sabotar a luta dos "trabalhadores".
Quando as pessoas vão à rua pedir punição para os corruPTos, eles chamam de golpe das elites, sem nem se dar conta de que o índice de rejeição da presidente já ultrapassou os 70%, e que a grande maioria que atendeu ao chamado dos protestos, foram eleitores do PT, votaram em sua candidata, e isso não é invenção da mídia, não foi um movimento das "elites".
Por tudo isso, só posso pensar nessas pessoas que defendem o PT, os crentes, a partir de um ponto de vista religioso, pois de outro modo as chamaria de estúpidas ou oportunistas - que acredito ser mesmo a maioria dos quadros partidários. Para o sujeito religioso as evidências pouco importam, sempre arrumam uma desculpa qualquer para referendar sua crença, pois tudo se baseia na "fé". E a partir dessa fé criam-se os dogmas, os valores e até um senso de ética que pode ser tremendamente imoral, mas danem-se o bom senso e a moral, é um dogma de fé.
A cegueira do crente vai se estendendo para a santificação de pessoas de caráter no mínimo reprovável, e para a completa minimização dos males cometidos pelos "novos santos"; tudo se justifica: roubo, corrupção, agiotagem, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e até assassinatos.
Lula não sabia do esquema do "mensalão" e Dilma não sabia do "petrolão": incompetência ou conivência? Acho que as duas coisas. Mas para o crente nada importa, os santos são intocáveis, sua palavra é a lei, é a verdade, mesmo sendo a mais descarada mentira, isso é religião em seu mais puro formato, vive-se de fé.
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