terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Loucas pra Casar - A loucura de querer casar a qualquer preço.



Se você não assistiu ao filme não leia esse comentário, pois, vou começar pelo final do filme. Trata-se de um delírio da protagonista que vive seus alter egos como se fosse real. A dançarina de boate, ou seja a puta; e a virgem carola que não entende nada de Bíblia, mas é a perfeita para casar.

Malu, Maria Lúcia, corretora de imóveis, namorando a três anos com seu chefe, vive na expectativa de ser pedida em casamento já que era a campeã de pegar buque de noivas nos casamentos das amigas (a tarada, a meiga e até a feia) e até o momento nada, já que estava com 40 anos e desesperada para sair do caritó como dizemos aqui.

Ela é obsessiva-compulsiva, toda certinha e tem a mãe esquizofrênica. Insatisfeita com a demora do parceiro em pedí-la em casamento ela supõe que ele deve ter alguma outra mulher, e descobre seus dois egos auxiliares, a puta e a santa. A comédia se desenvolve nessas peripécias das três mulheres que desejam se casar com o mesmo homem, um empresário de sucesso e bonitão.

O que podemos destacar desse filme é a questão da cobrança (interna e externa) que recai sobre as mulheres de ter que casar a qualquer preço. Lembra muito o filme "Os homens são de marte...". E ao se descobrir múltipla, como aliás são todas as mulheres, a protagonista Malu, resolve não mais casar, apavorada com seu delírio. E descobre depois que o delírio se estendia até a imagem de seu amado, que não era o gatão que idealizara.

E, finalmente, sob a influência da realidade que não para de querer se manifestar ela se casa; com seu amado e idealizado chefe, pra descobrir depois que seus dois lados (santa e puta) ainda continuam a acompanhá-la quem sabe pelo resto da vida.

É uma comédia, é ficção, mas, quem poderia dizer que no fundo não é assim que acontece?  

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