A muito tempo atrás, a mais de vinte anos, uma psicóloga resolveu criar um sindicato para a categoria dos psicólogos do estado de Alagoas. Creio que durante muitos anos, esse foi um sindicato da psicóloga e de pouco mais de dez de seus amigos.
De tempos em tempos surgia um grupo de psicólogos querendo "tornar atuante" o inexpressivo sindicato dos psicólogos, e sempre a presidente dava um jeito de impedir os "golpistas" de se apossarem de seu lindo sindicato.
Foram muitas tentativas e sempre a presidente se saía bem. Os "golpistas" derrotados, iam se desarticulando e seu interesse em lutar pelos direitos da categoria, que parecia tão intenso, se dissolvia a cada derrota.
E a quase-eterna presidente e dona do Sindpsi, ia levando os dias cuidando com carinho de seu fofo sindicato, quando, no começo desse ano, surge um grupo mais bem articulado que os anteriores e consegue através de medidas judiciais afastar a presidente quase-eterna, implantar uma junta administrativa e convocar eleições livres e soberanas para tirar o maravilhoso sindicato de seu marasmo de quase trinta anos.
A história poderia acabar aqui, com a união dos psicólogos de Alagoas no propósito de construir um novo sindicato, que realmente fosse representativo da classe e fosse o corolário da união da categoria em torno de uma só proposta de crescimento coletivo.
Mas, não foi o que aconteceu. O grupo que pretendia criar uma "chapa única", rachou e não se sabe bem porque. O objetivo principal não era fazer o Sindpsi funcionar efetivamente como sindicato em vez de um clube da Luluzinha controlado pela zelosa presidente?
Parece que não. A vaidade, sempre a vaidade, o desejo de poder - tão criticado pelo grupo de "golpistas" vitoriosos contra a ciumenta presidente -, os interesses economicos e mesquinhos daqueles que querem viver vampirescamente das contribuições alheias e assim aumentar seus rendimentos, tudo isso, é bem maior que os pseudointeresses de lutar pela categoria.
Essa corja de oportunistas de ontem (a triste presidente e seu fofo sindicato) e de hoje (os babélicos e patéticos sindicalistas do futuro) parecem esquecer de uma coisa: que ainda existem psicólogos que não acreditam literalmente em Contos de Fada, e sabem que há uma outra história por trás, não tão bonita, mas pelo menos verdadeira.
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