
Após uma semana de internamento no Hospital Geral do Estado, ela recebe alta médica e retorna ao convívio da família, dos amigos e vizinhos. Foi aí que seus problemas aumentaram.
O assédio dos vizinhos curiosos e as reprimendas de parentes que não cansavam de lhe lembrar que "a vida é boa", que "Deus abomina os suicidas", que seu ato foi indício de fraqueza, loucura e tantas coisas mais, estavam lhe causando um mal-estar tremendo, e fazendo com que ela permanecesse cada vez mais reclusa dentro de casa.
O cúmulo aconteceu quando algumas vizinhas lhe perguntaram pelo gosto do veneno: "O mulher, diz aí vai, que gosto tem veneno de rato?". Nessa hora sua vontade - me conta sorrindo - é dizer pra cada uma delas: "porque que vocês não provam um pouquinho?". Sem querer, minha jovem paciente descobriu o remédio ideal para por um fim na curiosidade mórbida.
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