domingo, 1 de janeiro de 2017

SUPERSTIÇÃO PARA O ANO NOVO

Estava vendo na TV os conselhos dados pelas mais diversas pseudociências para que as pessoas obtenham sucesso, amor e riquezas em 2017. Às vezes eu fico me perguntando se as pessoas que acreditam nessas baboseiras (astrologia, numerologia, jogo de búzios, cartomancia) realmente acreditam ou fingem que acreditam. Quanta superstição, quantos rituais, "simpatias", comidas especiais, roupas na coloração daquilo que se deseja, rezas e orações.
Isso tudo são tentativas mágicas, que livram as pessoas do pesado fardo de assumir o próprio desejo e trabalhar para que o mesmo se realize. Que o mundo espiritual se encarregue de me arranjar um amor (ou só sexo mesmo); um emprego ou a multiplicação de meus rendimentos; e, claro, me dê muita saúde. Esses (amor, dinheiro e saúde) são os mais pedidos nas diversas "simpatias" para o "ano novo", como se o "ano novo" fosse um lugar mágico onde os desejos se realizam e tudo vai mudar para melhor na vida da pessoa, e o melhor, sem fazer força nenhuma, basta se vestir de amarelo ou branco, pular sete ondas e comer sementes de romã.
Os que creem nisso se esquecem do básico: não existe o "ano novo", existe apenas o dia de hoje, o agora. Enquanto o sujeito espera a "magia do ano novo" ele não se abre aos encontros amorosos, não procura emprego e nem cuida da saúde. Enquanto espera, sua lista de realizações vai ficando pra trás, e mesmo com tantas listas não cumpridas ao longo dos anos o sujeito ainda não compreendeu que não existe mágica: ou você age ou não haverá mudança.

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