quinta-feira, 21 de junho de 2007

1ª sessão (abertura)


O sol do Nordeste que devasta a vegetação, o gado e o homem, nada pode fazer contra esse reservatório d'água em forma de letra grega (psi), símbolo da resistência de uma cultura que insiste em cantar sua vida e morte "severina" do popular ao erudito, ao eros, dito do popular do cantador de feira e dos poetas de bancada e dos escritores que saindo do sertão ao litoral ganharam o mundo.

O sol do Nordeste que bronzeia corpos no mais deslumbrante litoral do país, que de frente pro mar se encanta e às vezes permanece pra sempre de costas pro país; é o mesmo sol que aquece os versos e a prosa de Zé Duda a Leandro, de Athayde ao clã Batista, de Aderaldo a Patativa, de Manoel Monteiro a Arievaldo, de Alencar a Ariano, de Cecília a Arriéte, de Graciliano a Zé Lins, de Castro a Jorge e Ledo, de Lobato a Bandeira; e aquece as folhas de Freud em frente a janela.

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